RIO – A Petrobras registrou em fevereiro quedas expressivas na produção em quatro de suas principais plataformas, nas bacias de Santos e Campos. Juntas, as unidades P-53 (Marlim Leste), Cidade de Ilhabela (Sapinhoá), cidade de Itajaí (Baúna) e Cidade de Itaguaí (Lula) contribuíram para reduzir em 64 mil barris diários de petróleo no mês retrasado.
Essa redução compensou o ganho que a estatal conseguiu obter com recuperação das unidades Cidade de Mangaratiba e P-58, que pararam para manutenção em janeiro, e ajuda a explicar a estabilidade dos dados operacionais da companhia em fevereiro.
A Petrobras informou que a produção de petróleo no mês retrasado, que se manteve estável em 2 milhões de barris diários na comparação com janeiro, sentiu o impacto negativo da continuidade das paradas programadas para manutenção em plataformas.
A petroleira não informou que unidades foram interrompidas para manutenção ao longo de fevereiro. De acordo com o boletim da Agência Nacional de Petróleo (ANP), contudo, houve quedas de dois dígitos nas plataformas P-53 (-36%), na Bacia de Campos; e Cidade de Ilhabela (-16%), Cidade de Itaguaí (-17%) e Cidade de Itajaí (-25%), na Bacia de Santos.
A produção média da companhia no acumulado do ano é de 2,001 milhões de barris/dia de petróleo, patamar ainda distante da meta que a estatal traçou para o ano, de 2,145 mil barris/dia.
A Petrobras prevê, para 2016, a entrada de mais duas plataformas: Cidade de Saquarema, no campo de Lula Central; e Cidade de Caraguatatuba, em Lapa, também na Bacia de Santos. A expectativa é que uma das duas unidades seja antecipada, o que pode ajudar a compensar, pelo menos em parte, os níveis baixos de produção neste início de ano.
“Temos duas outras unidades afretadas que estão absolutamente no prazo e eventualmente pode haver no caso de uma delas uma ligeira antecipação”, disse a diretora de Exploração e Produção (E&P) da companhia, Solange Guedes, no mês passado, durante apresentação dos resultados de 2015.